O mercado de máquinas agrícolas no Brasil, essencial para a produtividade no campo, evoluiu desde os anos 1960 com a fabricação local de tratores, liderada pela Ford. Embora o setor tenha enfrentado desafios, como a crise dos anos 1990 e a pandemia, ele se recuperou, com destaque para marcas como Valtra, Massey Ferguson e John Deere.
26/01/2023 12h00
Tempo de leitura aproximado: 7 min
Conheça a trajetória do mercado de máquinas agrícolas no Brasil
A agricultura é um dos setores mais poderosos da economia brasileira. Em constante crescimento, o setor busca por tecnologias que possam contribuir com a máxima eficácia do trabalho no campo. Um dos setores que traduzem esta demanda é o de máquinas agrícolas, visto que a praticidade trazida pelos tratores e seus implementos garantem mais produtividade porteira a dentro.
Desde a chegada ao mercado brasileiro, os investimentos no desenvolvimento tecnológico aplicado a estes equipamentos são vistos como uma das prioridades do agronegócio. Isso se deve a tamanha proporção dos ganhos a eles atribuídos. Uma trajetória que ganhou forças ainda nos anos 1960.
Neste artigo, vamos abordar a trajetória do mercado de máquinas agrícolas, suas principais marcas, algumas informações sobre como setor enfrentou a pandemia e como está o cenário atual.
Confira!
Chegada das máquinas agrícolas ao Brasil e a fundação da Marispan
Até os anos de 1960, o trabalho no campo no Brasil foi predominantemente manual. Os tratores agrícolas aqui presentes eram todos importados, o que tornava o custo ao produtor muito mais alto, inviabilizando a adoção massiva dos equipamentos.
Diante desta necessidade do mercado nacional, a Ford Motor do Brasil S.A lançou o Ford 8-BR, o primeiro trator fabricado no Brasil. No ano de seu lançamento, 37 unidades foram fabricadas. O sucesso foi tamanho, que já no ano seguinte, 2.466 unidades foram produzidas, alavancando o mercado brasileiro.
Outras marcas, como Valmet e Massey Ferguson, se juntaram a Ford e trouxeram fábricas ao Brasil. No mesmo período também foi criada a Companhia Brasileira de Tratores (CBT), tornando-se uma das maiores fabricantes da América do Sul.
E o setor seguiu em alta, como relata o Diretor Industrial da Marispan Implementos Agrícolas, Paulo Nascimento:
“Na década de 70, houve um pico de vendas de tratores chegando próximo a 70.000 unidades por ano”. Em 1972, a Marispan abriu suas portas, oferecendo soluções de alta tecnologia, que priorizam a praticidade no campo.”
Setor brasileiro de máquinas agrícolas nas últimas décadas
O mercado de máquinas agrícolas foi impactado pela crise econômica registrada no início da década de 90. As vendas registraram uma queda significativa, chegando a 20.000 unidades ao ano. Neste cenário, a potente Companhia Brasileira de Tratores (CBT) declarou falência.
Mas, o mercado recebeu outros grandes nomes que se consolidaram durante a década de 90 e figuram no setor até os dias atuais, como a John Deere. A japonesa Yanmar do Brasil também se instalou no Brasil neste período, se fundindo posteriormente com a Lavrale Máquinas Agrícolas, dando origem a Agritech Lavrale, companhia focada em tratores para agricultura familiar.
A partir do ano 2000, no mercado global houveram algumas fusões e aquisições que unificaram as marcas Valtra (Valmet) e Massey Fergunson no grupo americano AGCO e também as marcas New Holland e Case na CNH Industrial. A John Deere conquistou uma fatia relevante de mercado que ficou dividido entre esses três grandes conglomerados.
“Em meados de 2010, o mercado brasileiro de tratores voltou ao patamar de 70.000 unidades por ano, assim outras marcas de tratores se instalaram no País de olho neste mercado, como as empresas Mahindra e Yanmar, parceiras da nossa marca”, comenta o Diretor Industrial, Paulo Nascimento.
Cenário atual do mercado de máquinas agrícolas no Brasil
Durante a pandemia, o mercado mensurou uma queda na produção de máquinas agrícolas. Segundo o setor, a baixa foi motivada pelos desafios enfrentados pelo segmento no período, como a falta de matéria-prima básica. Reflexo disso foi a paralisação de algumas fábricas, resultando na queda das vendas.
Mas, em 2022, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o segmento se recupera e fecha a sexta alta consecutiva, atingindo um faturamento de R$ 92 bilhões.
A perspectiva para 2023 tem sido otimista, mesmo com margens menores. Atualmente, o mercado anual de tratores no Brasil é de quase 50.000 unidades por ano, é um mercado muito disputado entre 12 marcas diferentes:
- Valtra
- Massey Ferguson
- New Holland
- Case
- John Deere
- LS Tractor
- Landini
- Mahindra
- Yanmar Solis
- Agrale
- Agritech
- Budny
Considerando o potencial do mercado de máquinas agrícolas do Brasil, novas marcas de tratores ainda devem chegar ao país e promover concorrência em alto nível que deve beneficiar o produtor rural.
“Além dos tratores, empresas focadas em equipamentos voltados para plantio, pulverização e, até mesmo, o preparado de solo estão na mira dos grandes players globais e devem disputar o mercado de máquina”, pontua Nascimento.
Neste cenário, os implementos agrícolas, especialidade da Marispan, contribuem para o crescimento do mercado, por meio de soluções que agregam funcionalidades ao maquinário agrícola.
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Marispan
Localizada em Batatais (SP), a Marispan é uma empresa que tem, como missão, fornecer implementos para proporcionar ganhos em atividades agrícolas e pecuárias.
Entre os valores da Marispan, está o desenvolvimento de parcerias saudáveis e duradouras, aplicação da tecnologia e inovação para melhoria contínua e oferecer um ambiente de trabalho seguro e favorável para o desenvolvimento profissional.
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Até breve!
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